De pastor para pastor: a integridade de uma licença

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ISRAEL BELO DE AZEVEDO
 

Impressionei-me com o pedido de licença, de oito meses, solicitada (e concedida) pelo pastor John Piper. LEIA AQUI.
Até o final de 2010, Piper, que mantém um site extraordinário (www.desiringgod.org), com todas as suas mensagens e outros materiais, ficará longe de suas atividades pastorais para cuidar da sua alma.
É muita coragem.
Não é fácil para um pastor (sobretudo para um pastor de pastores, como é o caso dele) admitir que algo não vai bem na sua vida.
Alguém poderá ponderar que ele fez isto nos Estados Unidos, onde é ampla a cultura do ano ou semestre sabático. Sim, mas um sabático para estudar, escrever um livro ou descansar é muito diferente de um para cuidar da própria vida.
O exemplo de Piper é notável.
Num momento em que os holofotes mais brilhavam sobre a sua vida, ele sai de cena. Para se tratar. Para se manter íntegro.
Num momento em que os aplausos cresciam e ninguém desconfiava que algo não lhe estivesse bem, ele olha para dentro de si mesmo e se deixa sondar pelo Espírito Santo, que lhe mostra os perigos dentro do seu próprio coração.
Ele não mentiu. Ele não fez de conta que tudo ia bem. Ele não culpou os outros.
Ele não se importou com sua reputação. Ele não se importou com a sua imagem. 
Muitos perderão a confiança nEle, mas Deus conhece o seu coração. É Deus quem lhe importa.
Toda vez que eu orar os versos finais do Salmo 139 ("Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno" — versos 23e 24), vou me lembrar de John Piper. 
 
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